O que esperar do mercado imobiliário em 2025

23 de dezembro de 2024

Descida dos juros, isenção de IMT e garantia pública para jovens vão dar impulso à subida dos preços. A relação entre uma oferta insuficiente e uma procura crescente, sobretudo nas áreas metropolitanas, continuará a exercer pressão sobre os preços. 

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Os preços das casas cresceram muito mais do que os salários médios nos últimos anos, enquanto a oferta de habitação tarda em aumentar na dimensão necessária para responder ao perfil da procura. Entre 2015 e 2023 os preços das casas mais do que duplicaram, enquanto os salários registaram um aumento de 39%.


As medidas do governo orientadas para incentivar a procura de casas para comprar, sobretudo pelos jovens com a isenção de IMT e que em breve poderão também recorrer à garantia pública no crédito habitação, podem aumentar o fosso entre o custo da habitação e os salários das famílias aumente ainda mais no próximo ano, sobretudo se a construção e reabilitação de casas não agilizar.


O custo da habitação em Portugal mais do que duplicou entre 2015 e 2023 (+105,8%), segundo os dados do Eurostat. Isto quer dizer que uma casa à venda por 100 mil euros em 2015, passou a ter o custo de 206 mil euros no em 2023. 


O que se espera em 2025?


Estima-se que os rendimentos disponíveis das famílias em Portugal irão subir no próximo ano, resultado de um aumento dos salários, descida de impostos, redução das taxas de juro e desaceleração da inflação.


Mas também é esperado que os preços das casas em Portugal continuem a aumentar. Aliás, o custo da habitação no país já aumentou 7,8% no segundo trimestre de 2024 face ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o Eurostat. Este crescimento do preço dos imóveis deverá continuar a ser impulsionado por um conjunto de fatores, que estão a estimular ainda mais a procura como:

  • Taxas de juro no crédito habitação estão a descer;
  • Maior poder de compra e poupanças com inflação a estabilizar nos 2%;
  • Isenção de IMT e IS na compra da primeira casa para jovens;
  • Garantia pública do crédito habitação para jovens até aos 35 anos;
  • Mercado de emprego estável.


A procura internacional deverá continuar a desempenhar um papel relevante, sobretudo em regiões turísticas, enquanto a preferência dos compradores nacionais está cada vez mais orientada para soluções economicamente acessíveis. Este fenómeno poderá favorecer o mercado de segunda mão e incentivar a rotação de imóveis.


Soluções como a industrialização do setor da construção e investimentos em transporte urbano integrado serão fundamentais para ampliar a oferta de habitação acessível e promover o equilíbrio entre as oportunidades e os desafios do setor. É provável que haja uma estabilização dos preços em certas áreas, mas o ritmo dependerá da capacidade de aumentar a oferta, quer em quantidade, quer em diversidade, de forma sustentável e equilibrada. A colaboração entre municípios, promotores imobiliários e entidades privadas será essencial para desenvolver projetos que respondam às necessidades reais da população. Entre as medidas mais promissoras estão a revisão da fiscalidade aplicada ao setor, a agilização do licenciamento e a cedência regulada de terrenos municipais para construção de habitações com preços controlados.


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